“A opinião popular assimila espontaneamente, e não sem razão, o orgulho à tolice. De fato, pode-se ser pretensioso por tolice, como se pode ser tolo por pretensão; as duas coisas se combinam. Certamente, a falta de inteligência não obriga à pretensão, mas esta não tem como não prejudicar a inteligência; e, se a tolice, como se admite comumente, é a incapacidade de discernir entre o essencial e o secundário ou entre a causa e o efeito, ela comporta por isso mesmo uma parte de orgulho; uma tolice combinada com uma perfeita humildade e um perfeito desapego já não seria tolice, mas sim uma simplicidade de espírito que não incomodaria nenhum homem inteligente e virtuoso.
“Muito próxima da pretensão está a arrogância; mas esta é passiva, e aquela, ativa. É arrogante não aquele que, com direito e muita humildade, está consciente do valor daquilo que sabe ou daquilo que faz, mas aquele que está imbuído de seu próprio valor imaginário e o projeta sobre seu pequeno saber e sua atividade medíocre. Continuar lendo